terça-feira, 21 de outubro de 2008

Invento torna eletrônicos mais econômicos

Quando desligamos o televisor com o controle remoto, não suspeitamos que a energia continua ligada e que estamos acumulando contas e contribuindo para o excesso de consumo e o aquecimento global.

Ao contrário da crença popular, os eletrodomésticos consomem energia quando não são tirados da tomada. De acordo com um estudo elaborado pela Comissão Européia, os aparelhos em modo de espera da União Européia consumiram em 2005 energia equivalente à usada por um país como a Grécia ou Portugal naquele ano. O custo foi de sete bilhões de euros, e envolveu a emissão de 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Um grupo de empresários espanhóis antenados percebeu uma oportunidade de negócios única e, depois de três anos de pesquisas e de investimentos de milhões de euros, patenteou um dispositivo que põe fim a esse problema.

"Criamos a única tecnologia do mundo que reduz a zero o consumo de aparelhos em modo de espera, e a custo muito baixo. As aplicações são inúmeras, e por isso estamos em busca de um grande sócio comercial", disse Jorge Juan García Alonso, presidente e co-fundador da Good for you Good for the planet, em entrevista à Reuters.

A empresa de pesquisa e desenvolvimento, voltada à busca de soluções para a economia de energia, criou um microprocessador que, mediante um complexo sistema de algoritmos matemáticos, detecta quando um aparelho está em espera e o desliga totalmente. Basta apertar um botão para que o aparelho volte ao modo de espera anterior.

Para um domicílio espanhol, que gasta em média 367 euros ao ano em eletricidade de acordo com o mais recente relatório da Comissão Nacional de Energia, a desativação do modo espera equivaleria a uma economia média de 44 euros.

"Um televisor normal gasta mais em modo de espera do que quando está funcionando", disse García. "E muitos aparelhos modernos nem mesmo incluem um botão para desligamento completo manual", acrescentou.

Depois de concluir com sucesso os trabalhos de pesquisa, a empresa procura agora um sócio capitalista que produza e comercialize os aparelhos. A depender de como a questão for avaliada, acabar com o problema em escala mundial pode parecer barato, já que o grupo vende a patente por 30 milhões de euros à vista e mais 10 centavos de euro por unidade vendida.

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