O conglomerado industrial alemão Siemens se prepara para anunciar mais de 17.000 demissões em todo o mundo, sendo um terço na Alemanha, como parte de um plano de reestruturação sem precedentes em seus 160 anos de história, afirmou neste sábado a imprensa alemã.
No total, estão sendo planejadas 17.200 demissões dos 400.000 funcionários do gigante industrial. Destes, 6.400 demissões serão na Alemanha, a maioria na área administrativa, disse neste sábado o Süddeutsche Zeitung.
As demissões na Alemanha ocorrerão em até dois anos.
Outros jornais citam como cifra global 17.000 demissões.
Nenhum responsável da Siemens comentou essa informação.
Uma reunião entre a direção e os representantes dos funcionários está agendada para o início de julho.
Em novembro, o chefe da Siemens, o austríaco Peter Losch, havia anunciado a intenção de reduzir os custos administrativos do grupo até 2010 em 1,2 bilhões de euros, dando a entender que seria inevitável um plano de reestruturação.
Em fevereiro, o grupo havia anunciado a eliminação de 3.800 funcionários de sua divisão de telecomunicações e de 1000 em sua filial Osram (lâmpadas).
"Faremos da forma que seja mais suportável do ponto de vista social", disse Losch essa semana ao jornal Die Welt.
A Siemens é alvo de inquérito do Ministério Público alemão sobre 270 suspeitos nos casos de corrupção, atingindo quase todas as divisões do grupo, que teria manipulado contas paralelas em 1,3 bilhões de euros.
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