quarta-feira, 17 de março de 2010

Microscópios cabem dentro de um chip

Usando uma placa de silicone contendo dezenas de lentes em miniatura, cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmam estar muito próximos de colocar a capacidade dos grandes microscópios usados em seus laboratórios no interior de um dispositivo não muito maior do que um chip de computador.

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Na verdade, eles afirmam ser capazes de colocar dezenas de microscópios trabalhando simultaneamente dentro do chip.

O avanço, que representa o casamento da óptica de alto desempenho com a microfluídica, poderá ser a combinação perfeita para tornar as tecnologias do microlaboratórios mais poderosas e mais práticas.

Microfluídica

Os microlaboratórios, também conhecidos como biochips, são aparatos de análises químicas e biológicas completos, mas super miniaturizados, do tamanho de um chip de computador.

A microfluídica - a capacidade de manipular pequenos volumes de líquidos - está no coração da maioria dos biochips, que precisam dirigir os fluidos, reagentes e amostras, ao longo de canais mais finos do que a espessura de um fio de cabelo.

Esses dispositivos são capazes de filtrar e misturar os produtos químicos automaticamente, tornando-os ideais para a detecção de doenças e o monitoramento ambiental.

Microscópios em miniatura

Mas o desempenho desses dispositivos pode ser ainda maior se eles dispuserem de microscópios em miniatura em seu interior, que os permita analisar amostras biológicas ainda menores e com maior precisão.

A placa de detecção óptica agora apresentada pelos pesquisadores de Harvard cria um dispositivo microfluídico de processamento totalmente paralelo, capaz de analisar quase 200.000 gotas de amostra por segundo.

Segundo os pesquisadores, seu dispositivo é escalável e reutilizável e pode ser facilmente adaptado para diferentes tipos de análise.

"Em essência, nós integramos uma óptica de alto desempenho em um chip que contém também a microfluídica. Isto nos permite paralelizar a óptica do mesmo modo que um dispositivo microfluídico paraleliza a manipulação das amostras," afirma Ken Crozier, coordenador da pesquisa.

Microscopia paralela

Ao contrário de um sistema de detecção óptico típico, que utiliza a lente objetiva de um microscópio para analisar um único local dentro de um canal microfluídico, a nova placa foi projetada para detectar a luz vinda de múltiplos canais simultaneamente.

Em sua demonstração, uma matriz de 62 lentes construídas sobre a placa de silicone mediu um sinal de fluorescência das gotas que circulavam por 62 canais de um dispositivo microfluídico altamente paralelizado.

O dispositivo funciona criando um ponto de excitação focalizado no interior de cada microcanal da matriz e, em seguida, recolhe a emissão de fluorescência resultante das gotas que viajam através dos microcanais, literalmente tirando fotos das gotas conforme elas passam.

Filme das amostras

A série de imagens é gravada por um sensor de câmera digital, permitindo a observação em alta velocidade de todos os canais simultaneamente. Como cada elemento do conjunto é projetado para coletar a fluorescência de uma região bem definida do microcanal, evita-se a interferência entre os canais adjacentes.

O resultado final é um filme das gotículas circulando velozmente através dos canais, algo impossível de se fazer com os microscópios atuais, devido ao seu estreito campo de visão.

"Como nós temos essa abordagem massivamente paralela - efetivamente como se tivéssemos 62 microscópios - podemos obter muitas medições ao mesmo tempo", disse Crozier. "Esse dispositivo mostrou-se capaz de medir até 200.000 gotas por segundo, mas acho que podemos fazer ainda mais."

High-throughput fluorescence detection using an integrated zone-plate array
Ethan Schonbrun, Adam R. Abate, Paul E. Steinvurzel, David. A. Weitz, Kenneth B. Crozier
Lab on a Chip
March 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

YouTube começa a alugar filmes

O site de vídeos do Google colocará, nesta sexta-feira, cinco longas-metragens do festival de cinema independente “Sundance” para serem alugados na rede, por meio de pagamento feito via Google Checkout.

As mídias ficarão disponíveis para aluguel até dia 31 de janeiro. Cada filme deverá custar aproximadamente quatro dólares, com validade de 48 horas e sem limite de reprodução por streaming.

Ainda que pareça mais um experimento do que um modelo de negócio, o YouTube sinaliza que disponibilizará, em breve, mais conteúdos exclusivos para locação, sugerindo uma briga direta com Netflix, iTunes e até mesmo Amazon.

“Nas próximas semanas, convidaremos um pequeno grupo de parceiros de outras indústrias para participar desta opção (de aluguel de filmes)”, escreveu a empresa, em comunicado.

Trata-se da segunda nova modalidade de mercado do YouTube anunciada nesta semana. Ontem, o Google informou que, a partir de março, o site de vídeos exibirá, ao vivo, sessenta partidas da principal liga inglesa de críquete.

Em ambos os negócios o YouTube corre atrás de parceiros publicitários para minimizar suas perdas de receita e, enfim, trazer lucro.

De acordo com o Credit Suisse, a perda anual do Google é estimada em 470 mil dólares por ano.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Apple e Microsoft tentam substituir busca do Google no iPhone

O serviço de buscas na internet Bing, da Microsoft, tenta ganhar participação de mercado do Google, líder no mercado de buscadores.

O Google e a Apple, que já foram considerados aliados na luta contra o domínio da Microsoft sobre o mercado de computadores, competem em diversos setores, incluindo sistemas operacionais e no crescente mercado de smartphones.

A Apple também busca encontrar formas de administrar anúncios para serem publicados em seus aparelhos móveis, em medida que concorreria diretamente com os negócios do Google no setor de publicidade, de acordo com a Bloomberg.

A Apple está negociando com a Microsoft a possibilidade de se tornar o buscador padrão no iPhone, substituindo o Google, segundo notícia publicada no site da agência Bloomberg nesta quarta-feira (20).

As conversas entre as duas empresas ocorrem há semanas, de acordo com a Bloomberg, citando duas fontes próximas ao assunto. A notícia afirma que as negociações podem demorar para serem concluídas e ainda podem não levar a resultados.